Nunca me considerei uma romântica. Vivi décadas entre contas, trabalho e obrigações familiares, sem espaço para sonhos ou paixões. Mas aos sessenta anos, quando já não esperava nada da vida, o amor surpreendeu-me — e mudou tudo.
Aos cinquenta anos, decidi abandonar o conforto da minha vida conjugal para correr atrás de um amor antigo que nunca consegui esquecer. Entre discussões intensas, olhares de desilusão dos meus filhos e memórias que me assombram, enfrento o maior dilema da minha vida. Será possível recomeçar quando todos à minha volta parecem condenar as minhas escolhas?
Regressei a Lisboa mais cedo do que o previsto, ansioso por surpreender a minha namorada, Inês. Com um ramo de flores na mão e o coração cheio de esperança, nunca imaginei o que me esperava no nosso apartamento. Aquela noite mudou para sempre a forma como vejo o amor, a confiança e o verdadeiro significado de lar.
Naquela noite chuvosa, o silêncio entre mim e o Rui era tão denso que quase podia ser cortado à faca. O reencontro inesperado com a Inês, uma década depois de a ter perdido por causa das minhas escolhas, trouxe à tona tudo o que tentei enterrar. Esta é a história do preço que paguei pela minha indecisão e do vazio que ficou quando percebi que o amor verdadeiro não espera para sempre.
Quando a minha filha, Matilde, entrou para a escola primária, deixei o meu emprego para a apoiar. Agora, anos depois, sinto-me perdida ao tentar regressar ao mercado de trabalho e questiono se tomei as decisões certas. Esta é a história de como o amor de mãe pode trazer dúvidas, sacrifícios e uma busca incessante por identidade.
