Numa noite de tempestade em Braga, minha filha Inês, desaparecida há três anos, deixa um bebé à nossa porta sem explicação. Eu e a minha esposa, Teresa, somos obrigados a enfrentar dores antigas, segredos familiares e a difícil tarefa de reconstruir o que foi destruído. Esta é a história de como o amor e o perdão podem nascer do caos e da perda.
Sinto-me preso entre o meu irmão e a minha mulher, como se cada escolha fosse uma traição. Nesta história, partilho o segredo que abalou a minha família e me obrigou a confrontar tudo o que julgava saber sobre amor, lealdade e perdão. Talvez, ao contar isto, encontre alguma paz ou, pelo menos, compreensão.
Tudo começou numa manhã de sábado, quando a minha filha, Mariana, bateu a porta da cozinha depois de uma discussão que vinha crescendo há anos. No silêncio pesado do nosso apartamento em Lisboa, esperei pela chegada do meu neto, Tomás, enquanto enfrentava as minhas próprias falhas como mãe. Aquele fim de semana obrigou-me a questionar se o amor é suficiente para remendar o que foi partido.
Sempre adorei as férias na costa portuguesa, mas aquele verão com a minha esposa, a cunhada e a sobrinha mudou para sempre a forma como vejo a família. Entre discussões, segredos revelados e um acidente inesperado, percebi que nem o mar mais calmo consegue esconder tempestades interiores. No fim, restou-me apenas a dúvida: será que alguma vez voltaremos a ser os mesmos?
Naquela noite, fui acordada por uma chamada desesperada da minha cunhada, implorando por abrigo. O passado da minha família, marcado por traições e abandono, voltou a assombrar-me enquanto tentava ajudar quem mais precisava. Entre segredos, mágoas e decisões difíceis, enfrentei o peso de proteger quem amo sem perder a mim mesma.
